Pesquisas refutam relação entre autismo e exposição ao mercúrio
do New York Times
Muitos pais se preocupam com uma possível ligação entre o autismo e a exposição ao mercúrio. Porém, a maioria das pesquisas descarta esse temor como sem fundamento, e um novo estudo diz que, na realidade, as crianças autistas possuem níveis de mercúrio no sangue mais baixos do que as crianças que se desenvolvem normalmente.
Os níveis de mercúrio estão intimamente relacionados à ingestão de peixe, segundo o estudo, e crianças com autismo e doenças relacionadas tendem a ser muito exigentes em relação à comida --e acabam evitando peixes.
Depois que os pesquisadores ajustaram para o menor consumo de peixe das crianças autistas, eles não encontraram diferenças entre seus níveis de mercúrio e os de outras crianças.
Irva Hertz-Picciotto, professora de ciências de saúde pública da Universidade da Califórnia, em Davis, que foi a principal investigadora do estudo, disse que as novas descobertas não abordaram se o mercúrio pode desempenhar algum papel no autismo.
"Estávamos medindo níveis depois que o diagnóstico já havia sido feito e estava meses no passado em alguns casos", disse Hertz-Picciotto. "Então este estudo não fornece evidências contra ou a favor".
O relatório, publicado online, em 19 de outubro, no jornal "Environmental Health Perspectives", é parte de um estudo continuado comparando crianças autistas e não-autistas na Califórnia. Com 452 participantes, o estudo inclui 249 crianças com autismo ou doenças de mesmo espectro, 143 que estão se desenvolvendo normalmente e 60 com atrasos de desenvolvimento.
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