segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

VÍDEO: Esporte x Autismo

Pessoal essa reportagem foi mostrada no Esporte espetacular no dia 12/12/2010.
Achei maravilhoso o trabalho que esse professor faz e resolvi postar aqui no blog, vale a pena assistir.

O autismo é classificado como um transtorno definido por alterações antes dos três anos de idade e que se caracteriza por alterações na comunicação, interação social e uso da imaginação. Crianças com autismo vivem em um mundo só delas, não interagem com o que há em volta. Para elas, o mundo interior é muito maior do que o exterior. Mas o trabalho de um ex-atleta de ginástica olímpica, o professor Rodrigo Brivia, está surpreendendo médicos especialistas no assunto e, principalmente, os pais dessas crianças.


Rodrigo usa todos os aparelhos da ginástica olímpica como parte do tratamento. Simula competição, vibração, faz os movimentos como se estivesse se apresentando com a criança do lado e, de repente, o que ele faz começa a ser imitado. As crianças pulam de alegria, brincam, e algumas começam a dizer as primeiras palavras.

O esporte como instrumento e ferramenta de interação tem sido a chave que está abrindo as portas para crianças autistas.Tudo que elas precisam é a combinação de atenção e amor. O repórter Régis Rösing foi conhecer de perto essa iniciativa, que acontece em uma academia de ginástica, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Domingo, no "Esporte Espetacular", você confere essa reportagem completa!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

AUTISMO- Guia de Sobrevivência da Síndrome de Asperger

Guia de Sobrevivência para Portadores da Síndrome de Asperger


Pessoal, esse Guia é muito interessante vale a pena ler!!!
Esse livro foi escrito por Marc Segar que foi diagnosticado com a síndrome de Asperger em 1981 e morreu aos 23 anos em um acidente de carro.
Marc estava entre as primeiras pessoas no Reino Unido diagnosticado com Asperger têm de escrever um relato em primeira pessoa da condição, um manual de vida dos autistas.
Embora reconhecido principalmente no campo do autismo, algumas de suas idéias, agora vá contra a aceitação comum atual.

Por exemplo: "Eu mesmo acredito que, se uma pessoa autista borderline tem que sair para este odioso mundo, e de forma independente, em seguida, a última coisa que eles precisam é de ser protegido".
Clique no link abaixo para fazer o download desse guia:

www.universoautista.com.br/materia/GuiaAsperger.doc
ou
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Marc_Segar&ei=kAfcTP7gGsP98AaL1KnKCQ&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CCMQ7gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dmarc%2Bsegar%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1149%26bih%3D559%26prmd%3Dio

Síndrome de Asperger

1. Prefácio
2. Introdução
3. Obtendo o melhor deste livro
4. Preocupações
5. Olhando para o lado bom
6. Linguagem corporal
7. Distorções da Verdade
8. Conversas
9. Humor e Conflitos
10. Problemas relacionados à sexualidade e questões sobre programas
11. Encontrando amigos verdadeiros
12. Mantendo uma boa imagem
13. Contando a todos que você é autista (portador da Síndrome de Asperger)
14. Na escola
15. Vivendo longe de casa
16. Entrevistas e empregos
17. Dirigir
18. Viajando ao estrangeiro
19. Oportunidades
20. Uma análise pessoal da profundidade do problema
21. Outras leituras

Aproveitando ...
Vai mais um link de outro livro que ele escreveu

As batalhas do pensador Autista

http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Marc_Segar&ei=kAfcTP7gGsP98AaL1KnKCQ&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CCMQ7gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dmarc%2Bsegar%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1149%26bih%3D559%26prmd%3Dio

EXPERIÊNCIAS - Na cadeira de rodas

Amigos e Amigas, olha que bacana esse relato da minha amiga Taísa.
É um olhar de uma pessoa "normal" sobre o mundo de quem vive em uma cadeira de rodas, através de uma experiência que ela passou.
Se todos passassem por isso, acabava o preconceito e aumentava a preocupação de todos com a acessibilidade. Uma bela lição!




"Olá, meu nome é Taísa, tenho 38 anos, sou fonoaudióloga e moro em São Paulo com minha família há 15 anos.

Na última 4ª. feira, dia 03 de novembro, realizei uma cirurgia no joelho e, conforme o esperado, não posso andar pelos próximos 15 dias.

Acostumada à correria do dia-a-dia, comecei a enfrentar meus primeiros fantasmas: ficar parada, depender dos outros, esperar. Só este exercício já me fez avaliar melhor como seria a vida de um cadeirante e como principalmente no início, a adaptação incluiria outros fatores.

No sábado tive uma brilhante ideia: vamos ao Shopping passear e eu usarei uma cadeira de rodas! Todos prontos e arrumados, empolgados pela “aventura”, chequei pelo site se o Shopping escolhido por nós, o Villa Lobos, tinha este serviço de empréstimo de cadeiras. Informação confirmada, partimos.

Com relação ao Shopping, posso dizer que meu atendimento foi perfeito: funcionários atenciosos, vaga reservada para o carro e rampas disponíveis por todo lado.

Passamos uma tarde maravilhosa! Entre livros, jogos e um bom cafezinho, eu estava muito feliz, brincando com meu filho de 6 anos, trocando idéias com minha mãe e recebendo carinho e cuidados de meu marido! Ou seja, nada mudou pelo simples fato de eu estar sentada numa cadeira de rodas. Mas eu me surpreendi com a reação das pessoas e com a falta de preparo do mundo para encarar os cadeirantes, recebê-los e atender as suas necessidades.
Recebi muitos olhares tristes, desconfiados, preconceituosos, como se não fosse possível uma jovem ser feliz em uma cadeira de rodas. Eu me senti observada e “estranhada” pelas pessoas ao meu redor. Tive vontade de gritar: “Tem um ser humano FELIZ aqui”!

Terminei meu passeio transformada. Quero lutar pela acessibilidade e principalmente pelo bem estar emocional dos cadeirantes e de qualquer deficiente.

Espero muito que o relato desta experiência ajude outras pessoas e autoridades a criar condições favoráveis à acessibilidade.

Se houver outra forma que eu possa ajudá-los, ficarei muito feliz.

Um grande abraço.

Taísa Giannecchini

AUTISMO - Referências como Informação Visual

UTILIZAÇÃO DE MATERIAL COM INFORMAÇÃO VISUAL  (Método Teacch)

Baseado no fato de crianças autistas serem frequentemente aprendizes visuais, o TEACCH trás uma clareza visual ao processo de aprendizado buscando a receptividade, a compreensão, a organização e a independência. A criança trabalha num ambiente altamente estruturado que deve incluir organização física dos móveis, áreas de atividades claramente identificadas, murais de rotina e trabalhos baseados em figuras e instruções claras de encaminhamento. A criança é guiada por uma sequência de atividades muito clara e isso ajuda que ela fique mais organizada.

Acredita-se que um ambiente estruturado para uma criança autista, crie uma forte base para o aprendizado. Embora o TEACCH não foque especificamente nas habilidades sociais e comunicativas tanto quanto outras terapias, ele pode ser usado junto com essas terapias para torná-las mais efetivas.
O TEACCH se baseia na adaptação do ambiente para facilitar a compreensão da criança em relação a seu local de trabalho e ao que se espera dela. Por meio da organização do ambiente e das tarefas de cada aluno, o TEACCH visa o desenvolvimento da independência do aluno de forma que ele precise do professor para o aprendizado de atividades novas, mas possibilitando-lhe ocupar grande parte de seu tempo de forma independente.

Partindo do ponto de vista de uma compreensão mais aprofundada da criança e das ferramentas de que o professor dispõe para lhe dar apoio, cada professor pode adaptar as idéias gerais que lhe serão oferecidas ao espaço de sala de aula e aos recursos disponíveis, e até mesmo às características de sua própria personalidade, desde que, é claro, compreenda e respeite as características próprias de seus alunos.

A informação dada visualmente tem como objetivo amenizar as dificuldades de comunicação existentes. A programação das atividades do dia deve ser dada visualmente.
Pode existir um quadro indicando, em seqüência, quais atividades ou tarefas a criança deve realizar.
Alguns quadros são feitos de maneira a induzir a criança a retirar o cartão com a foto ou desenho da próxima atividade e depositá-la no local onde deve ir. Por exemplo, retirar a foto da piscina do quadro e colocá-la em um lugar com o mesmo símbolo na psicina.

É claro que a utilização dos quadros requer um aprendizado. Inicialmente alguém fará cada passo com a criança, colocando os cartões em sua mão e ensinado-a a colocá-lo no local. Quando a atividade tiver acabado, a criança deve voltar ao quadro de tarefas para ver qual a próxima atividade e pegar seu respectivo cartão. Com o tempo ela poderá realizar a tarefa de maneira independente.
O fundamental é a persistência até que a criança aprenda a utilizar a informação visual.

Na maioria das vezes a utilização deste método traz tranqüilidade à criança já que possibilita melhor compreensão e comunicação.
É necessário que ao ver a figura a criança entenda o que se espera dela. Isto ajuda na organização, minimiza possíveis problemas de linguagem receptiva e dá independência para a criança.

*A família pode ter também um esquema na parede para a criança se situar com relação aos dias da semana e o que fará em determinado dia.
Nos dias de semana pode-se colocar uma foto dela com uniforme da escola ou algum logotipo que a criança associe à escola. Nos sábados e domingos pode-se colocar uma foto de casa ou foto da criança com os pais ou avós. O importante é que fique claro para a criança que dia é hoje e o que ela fará.
É também útil fotografar os locais e pessoas que fazem parte da vida da criança. Assim, quando os pais forem explicar para a criança aonde ela vai, podem mostrar uma foto ilustrativa enquanto passam a informação verbal (“hoje vamos à casa da vovó” e mostra a foto).



























































terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um BLOG alimenta-se de comentários

Passando por um monte de BLOGS, encontrei um movimento interessante acontecendo...
Trata-se do selo UM BLOG ALIMENTA-SE DE COMENTÁRIOS que, a partir de agora, fará parte dos meus blogs também!

Funciona assim: blogueiro que é blogueiro de verdade escreve porque ama escrever e gosta de compartilhar experiências!!! Temos contadores de visitas, Acompanhamos os leitores dos feeds, mas só isso não basta!!

Quando criamos algum blog é porque queremos COMPARTILHAR EXPERIÊNCIAS, para saber o que as pessoas estão vivenciando dentro de determinados assuntos e muito nos interessa saber a opinião de quem nos lê para que possamos saber se o blog está no caminho certo.

Então, fica a dica: passou por um blog, leu um post, deixe um comentário! Os blogueiros agradecem!

Bjs



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

AUTISMO - O que é o AUTISMO? Explicação simples através de Vídeos e Textos

“Não há palavras no dicionário deles, mas a linguagem universal do amor também é não-verbal. Para se expressar através dela, há os gestos, a expressão corporal, a vibração sutil, invisível da emoção, da solidariedade, da paciência , da aceitação da pessoa como ela é e não como queremos que ela seja. É de se presumir que eles estejam fazendo tudo o que lhes seja possível, dentro de suas limitações. Com um pouco de boa vontade de nossa parte, talvez concordem em tocar a mão que estejamos oferecendo a fim de saltarem o abismo que nos separa... ”

“Se você não puder curar a criança autista, ame-a . De todo o seu coração , com todo o seu amor e toda a sua aceitação. Alguma tarefa importante ela está desempenhando junto de você, certamente para proveito de ambos.
Uma luz transcendental que irá iluminar uma felicidade com a qual você nem imaginou que pudesse existir : Confie, trabalhe e espere!"



O QUE É AUTISMO?
O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento, isto é, algo que faz parte da constituição do indivíduo e afeta a sua evolução. Caracteriza-se por alterações na interação social, na comunicação e no comportamento. Manifesta-se antes dos 3 anos e persiste durante a vida adulta. Há outros distúrbios do desenvolvimento que se enquadram no perfil de problemas autísticos, mas que não incluem todas as características da doença.
Basicamente, quatro fatores indicam a presença do autismo infantil: problemas de relacionamento social, dificuldade de comunicação, atividades e interesses restritos e repetitivos e início precoce.

Relacionamentos
A criança autista tem dificuldade em se relacionar com outros indivíduos. Assim, mantém-se distante, evita o contato visual, demonstra falta de interesse pelas pessoas e não procura conforto quando se machuca. Em 50% dos casos, o interesse social se desenvolve com o tempo, mas a reatividade, a reciprocidade e a capacidade de empatia permanecem prejudicadas. O autista tem dificuldade em ajustar seu comportamento ao contexto social e não consegue reconhecer ou responder adequadamente às emoções dos demais.
É comum, porém, que a criança tenha proximidade com os pais, desenvolvendo inclusive a afeição, mas é mais propensa a abraçar do que a aceitar ser abraçada. As interações sociais com os pares são restritas. Mesmo autistas adultos têm habilidade limitada de fazer amizades íntimas.



Comunicação
A dificuldade de comunicação afeta a compreensão e a expressão, o gestual e a linguagem falada. Metade dos autistas não conseguem desenvolver uma fala compreensível; a outra metade mantém atrasos nessa área. Uma minoria aprende palavras e até frases no período apropriado, mas depois perdem essa habilidade.
Quando a expressão verbal é desenvolvida, é tipicamente diferenciada e atrasada, com ritmo e entonações anormais. O indivíduo costuma repetir palavras ou frases (ecolalia), cometer erros de reversão pronominal (troca do “você” pelo “eu”), usar as palavras de maneira própria (idiossincrática), inventar palavras (neologismos), usar frases prontas e questionar repetitivamente. Normalmente o autista não mantém uma conversação, simplesmente fala para outra pessoa. Alguns usam a expressão verbal apenas para pedir coisas; outros, não percebem que o ouvinte não tem mais interesse no assunto. Os gestos são reduzidos e pouco integrados ao que está sendo dito. Metade das crianças autistas desenvolve uma fala compreensível até os 5 anos. Aquelas que não o tenham feito, dificilmente terão uma expressão verbal apropriada.





Interesses
Com relação às suas atividades e interesses, os autistas são resistentes a mudanças e mantêm rotinas e rituais. É comum insistirem em determinados movimentos, como abanar as mãos e rodopiar. Preferem brincadeiras de ordenamento (alinhamento de objetos, por exemplo) e têm fascinação por objetos ou elementos inusitados para uma criança (zíperes e cabelos, por exemplo). Costumam preocupar-se excessivamente com temas restritos, como horários fixos de determinadas atividades ou compromissos. Dificilmente brincam de faz-de-conta e quando isso ocorre, limitam-se a ações simples de um ou dois episódios histórias ou programas de TV favoritos.
Apesar de ser dificilmente detectada no primeiro ano de vida, a doença pode se manifestar nesse período, caracterizada por um desenvolvimento anormal. Um dos sinais é a aversão ao colo. Em casos raros, a partir de uma certa idade, a criança entra numa fase de regressão e perde habilidades de interação social e comunicação adquiridas nos primeiros anos de vida.


Prevalência
Duas em cada mil crianças têm algum distúrbio autístico. Dessas, de 10% a 50% são portadoras do autismo infantil (a variação percentual decorre das diferentes formas de classificação da doença). A doença atinge aproximadamente 0,05% da população, e a ocorrência de novos casos é mais comum no sexo masculino, na razão de três homens para cada mulher afetada. Não há uma clara relação entre o autismo e a classe sócio-econômica, apesar de estudos mais antigos apoiarem essa teoria.
O retardo mental afeta a maioria dos autistas. Cerca de 50% dos portadores do distúrbio têm quociente de inteligência (QI) inferior a 50; 70%, menor que 70; e 95%, abaixo de 100. Como a fala nesses indivíduos é normalmente prejudicada, a avaliação do QI é feita com testes não-verbais. Autistas com retardo mental são propensos a se automutilar, batendo com a cabeça ou mordendo a mão, por exemplo.

Outros sintomas
Um terço dos autistas com retardo mental sofrem crises convulsivas, que começam a se manifestar dos 11 aos 14 anos. Mas o problema também afeta 5% dos autistas com QI normal. Além disso, muitas crianças autistas apresentam problemas comportamentais ou emocionais. A hiperatividade é freqüente, mas pode desaparecer na adolescência e ser substituída pela inércia. A irritabilidade também é comum e costuma ser desencadeada pela dificuldade de expressão ou pela interferência nos rituais e rotinas próprios do indivíduo. A alimentação em exagero é uma forma de comportamento ritualístico. O autista também pode desenvolver medos intensos, que desencadeiam fobias.
Cerca de 10% dos autistas perdem habilidades de linguagem e intelectuais na adolescência. O declínio não é progressivo, mas as capacidade intelectual perdida geralmente não é recuperada.
Na vida adulta, quase 10% dos autistas trabalham e são capazes de se cuidar. Raramente mantém bons amigos, casam-se ou tornam-se pais. Crianças com um QI inferior a 60 provavelmente se tornarão dependentes na vida adulta. Entretanto, quando o QI é mais alto e a fala é compreensível, os autistas têm 50% de chance de desenvolver um bom desempenho social.

Origem
Uma grande variedade de distúrbios relacionados ao autismo foram reportados na literatura médica. Para a maioria das crianças autistas sem uma disfunção correlata, as causas ligadas a fatores genéticos são as mais prováveis. Estudos com gêmeos sugerem que a hereditariedade está intimamente ligada ao transtorno e que a origem esteja numa combinação de genes, e não em um único gene isolado.
A taxa de recorrência de autismo entre irmãos é de aproximadamente 3% e varia de 10% a 20% para as formas variantes da doença. Nos casos de autismo associado a retardo mental profundo e severo, as causas podem estar mais ligadas a danos cerebrais do que a fatores genéticos.
Não há evidências de que problemas psicossociais ou eventos traumáticos na infância, como desatenção dos pais, influenciem o surgimento do autismo. Há duas teorias principais sobre a causa do autismo, nenhuma delas comprovada. A primeira sugere que o problema original está na incapacidade do autista de perceber que há diferenças entre seu estado mental e o dos outros. Assim, o indivíduo teria dificuldade em ver o ponto de vista dos demais, mas seria capaz de compreender ações mecânicas e comportamentais dos objetos e das pessoas. A outra hipótese diz respeito à função executiva do indivíduo, que geraria dificuldades de planejamento e organização.

Tratamentos
O tratamento mais adequado para crianças autistas inclui escolas especializadas e apoio dos pais. Elas geralmente se desenvolvem melhor em instituições educacionais bem estruturadas, em que professores têm experiência com autismo. Programas comportamentais podem reduzir a irritabilidade, os acessos de agressividade, os medos e os rituais, assim como promover um desenvolvimento mais apropriado.
Medicamentos que agem sobre o psiquismo não controlam os principais sintomas do autismo, mas podem atenuar os sintomas associados. Estimulantes são capazes de reduzir a hiperatividade, mas geralmente aumentam de forma intolerável os atos repetitivos. Doses baixas de neurolépticos costumam reduzir a agitação e as repetições e em dosagens mais altas podem reduzir a hiperatividade, a retração e a instabilidade emocional. No entanto, é preciso verificar se o benefício é superior aos problemas causados pelos efeitos colaterais dessas drogas.

MAIS ALGUNS PONTOS SOBRE O AUTISMO
O Autismo:
• Desordem de compreensão
• Orgânico e de desenvolvimento
• Complexo e Variado
• Co-existe com outras deficiências
• Os melhores programas são individuais e educacionais – os professores são os principais terapeutas

Autismo e a "Cultura autista"

Nossa Cultura
Falar , explicar
Seguimos Modelos
Aprendemos conceitos
Grupos - Ambiente Natural
Guia Social - desenvolvimento da comunicação Visual, experimental

Cultura Autista
Aprendem fatos concretos
Um-para-um Ambiente controlado
Rotinas, hábitos sistemáticos de trabalho
habilidades de comunicação - Intermediadas

Como abordar os déficits COGNITIVO – atenção – organização – generalização
• Ensinar novas habilidades no um-para-um
• Organização visual
• Seqüencia de atividades - programação
• Tarefas organizadas inicio e fim claros.

Diferenças Sensoriais
• Reduzir os estímulos na sala de aula
• Ajustar-se ao estilo sensorial da criança
• Enfoque visual

Diferenças Sociais - Socialização empatia
• Ajustar a demanda social e o nível de contato ao tolerado pela criança
• Tornar a interação social mais concreta e visual quanto possível
• Ensinar habilidades sociais específicas

Comunicação
• Ajudar a entender o processo de comunicação – a troca
 • Começar com o sistema atual da criança
• Usar enfoque visual - mesmo p/ os verbais
• Ensinar conceitos significativos em contexto significativo

Comportamentais
• Comportamentos inapropriados surgem quando estão com medo, entediados, quando não entenderam o que foi solicitado ou quando o que foi solicitado é muito difícil
• Reduzir estímulos
• Gerenciar mudanças

Principais pontos do Método
• Estrutura Física
• Programação diária
• Sistema de trabalho
• Rotinas
• Apoio Visual

Estrutura Física
Estrutura Física Atividade Independente
• Limites Físicos e Visuais bem claros
• Minimizar distrações visuais e auditivas
• Os limites não são para conter
• Mesa um-para-um
• Mesa individual de trabalho
• Painel de transição
• Área de lazer
• Mesa de grupo

Programação Diária
• Indica visualmente ao estudante quais tarefas serão realizadas
• Instrumento de apoio para ensinar o que vem antes, o que acontece
• depois, proporcionando o planejamento de ações e seu encadeamento numa seqüência de trabalhos
• Formas de apresentação:
- Com objetos
- Com figuras (Desenhos ou Fotos)
- Figuras e descrições
- Por Escrito
- Nível de entendimento, duração (limites da criança).

Sistemas de Trabalho
• Tarefas que devem desenvolver a capacidade para realizar atividades de forma independente
• Estabelecer relação causa-efeito, noção de seqüência (início / meio / fim)
• São individuais e devem informar ao estudante :
• Qual é a atividade
• O quanto deve trabalhar (quantas vezes, quanto tempo)
• Como saber que terminou e o que fazer depois de terminada a tarefa
• O que vem depois
• São ensinados primeiramente nas sessões individuais e após apresentar
• Domínio na realização passará a fazê-los de forma sistemática

Rotinas
• Possibilitam o entendimento do que está ocorrendo
• Propiciam confiança e segurança
• Autistas têm boa memória à isso deve ser usado a fim de favorecer o aprendizado
• As dificuldades de generalização indicam a necessidade de rotina clara e previsível

Apoio Visual
A estrutura visual colabora porque dá informações a nível de entrada visual que é um ponto de habilidade do autista
Se baseia em:
a) Organização Visual : os materiais e o espaço devem apresentar uma Organização Visual. Separar materiais delimitar área de trabalho na mesa
b) Clareza Visual : Enfatizar os pontos importantes do trabalho, tornar visíveis os conceitos através e cores/rótulos e outras dicas visuais
c) Instruções Visuais : indicam o que fazer e em que seqüência.

* A comunicação envolve muito mais que linguagem verbal, pode até não incluí-la.
* Portadores de autismo apresentam déficit de atençãoorganização e processamento à impedindo a compreensão de regras e padrões de linguagem à portanto iremos buscar sistemas alternativos de comunicação : esta é a função básica do apoio visual.

PECS Picture Exchange Communication System Sistema de Intercâmbio de Imagens
• Temple Grandin e outros autistas frequentemente dizem que “pensam em figuras” enquanto que o resto de nós pensamos através de palavras.
• Desenvolvido há 12 anos por Lori Frost e Dr. Andrew Bondy
• Primeiramente usado pelo Programa de Autismo do estado de Delaware (EUA).
• Amplamente reconhecido por se focar na INICIATIVA como componente da comunicação
• Não exige materiais complexos ou caros, criado com educadores, terapeutas e pais , podendo ser prontamente usado em várias situações.
• Crianças pequenas que usam PECS também começam a desenvolver a fala.
• As crianças são ensinadas a se aproximar (chegar perto) e dar uma imagem (foto) de um objeto desejado, a seu interlocutor, para obter tal objeto
• Disponibilize ou crie um Sistema de Símbolos (desenhos em preto e branco ou coloridos , fotos comerciais, fotos pessoais, porta-imagens
• As imagens devem estar facilmente disponíveis durante o treinamento.
FASE 1 – O INTERCÂMBIO FÍSICO
FASE 2 – DESENVOLVENDO A ESPONTANEIDADE
FASE 3 – DISCRIMINAÇÃO DE FOTOGRAFIAS
FASE 4 – ESTRUTURA DA ORAÇÃO
FASE 5 – RESPONDENDO A “O QUE QUER”
FASE 6 – RESPOSTA E COMENTÁRIO ESPONTÂNEO

INTER-RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
Eles podem não se lembrar do que você disse
Eles podem não se lembrar do que você fez
Mas eles sempre se lembrarão do que os fez sentir

Bibliografia:
AUTISMO e Transtornos Invasivos do Desenvolvimento - Revisão histórica do conceito, diagnóstico e classificação -José Raimundo da Silva Lippi . Anotações do Seminário apresentado por Jack Wall no IV Encontro de Amigos do Autista – 1997 . Livro Autismo Infantil – J.Salomão Schwartzman e col. Livro Prof. Márcia – ASTECA – Brasília.